sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Nasce uma mãe...

Antes mesmo de nascer um filho, nasce uma mãe à partir do momento em que dizemos para nós mesmas: 'chegou a hora, quero ser mãe!'.
Para mim esse momento aconteceu em Janeiro de 2012 após completar 1 ano de casada. Marcamos uma viajem para a Argentina e parei de tomar anticoncepcional. Para mim eu já voltaria de lá grávida e faria uma surpresa para o meu marido, mas a realidade seria muito mais intensa do que eu poderia esperar.
Após alguns meses de tentativas frustradas, fui ao ginecologista para entender o motivo da demora e segundo a profissional eu não engravidava porque estava ansiosa demais para que acontecesse.
A criatura não me passou nenhum exame, pois só se investigaria após 1 ano de tentativas e ainda me informou que "é mais fácil engravidar quando não queremos engravidar". Saí do consultório me sentindo culpada e sem um norte do que eu deveria fazer. Então continuei tentando...
Eu já estava tentando havia quase 8 meses quando resolvi procurar outro médico. Fui armada de todos argumentos que para mim faziam sentido e praticamente o obriguei a pedir exames.
Nenhum exame mostrava uma causa para não conseguir engravidar e dessa forma só restou fazer a temida Histerossalpingografia. Creio que fazer esse exame é equivalente a levar um chute no saco para os homens. Doeu demais!!!
Ainda assim, era por uma boa causa e eu estava decidida a fazer tudo o que esta ao meu alcance.
O médico olhou o exame e como não viu nada - mais tarde esse exame seria um divisor de águas - me receitou 3 ciclos com Indux e se eu não engravidasse nesse período, ele não teria mais como me ajudar.
Minha mãe me disse que usou esse remédio para engravidar de mim, então achei que seria batata, mas não engravidei e o sofrimento foi aumentando, pois creio que quando criamos esse desejo no coração as expectativas que passam a ser frustradas, vira uma ideia fixa e cada ciclo em que o positivo não vem se torna um sofrimento.
Decidimos então procurar uma clínica de reprodução humana e investigar o que estava acontecendo.
Logo de cara, quando o médico colocou os olhos na Histerossalpingografia, viu que as minhas 2 trompas são viradas para cima, o que dificulta ou impossibilita a comunicação com os ovários. Minha cara caiu e simplesmente congelei. Os 3 ciclos de indução foram feitos sem hipótese nenhuma de dar certo e com o auxílio de um médico. Fiquei revoltada!!!
Com o resultado de outros exames descobri que além das trompas o meu FSH estava alto e indicava que os meus ovários não estavam funcionando adequadamente. Desta forma só uma FIV nos ajudaria. Concordei logo de cara. Não importava como, mas eu seria mãe!!!

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